O ruído já pode ser considerado um problema de saúde pública nas grandes metrópoles. No século XXI, o ser humano terá que buscar alternativas para reduzir a poluição sonora. Um método de quantificação é através de ferramentas de Engenharia, conhecido como mapa de ruído.
O ruído já pode ser considerado um problema de saúde pública nas grandes metrópoles. No século XXI, o ser humano terá que buscar alternativas para reduzir a poluição sonora. Um método de quantificação é através de ferramentas de Engenharia, conhecido como mapa de ruído.
O mapa de ruído é um serviço de Engenharia na área de Acústica Ambiental, em que a finalidade é mostrar através de um espectro de cores, as quais são relacionadas com os níveis sonoros do espaço avaliado. Para isto, são necessárias medições de ruído com equipamento Sonômetro, dados de entrada, a fim de inserí-los em um software específico de tal área, sendo levado em conta as características da região avaliada, tais como, relevo (curvas de nível), rodovias, edificações, casas, entre outros. Assim, é possível identificar as principais fontes sonoras, por exemplo, ruído de tráfego, ruído de equipamentos industriais, etc. Neste contexto, o combate da poluição sonora pelos órgãos competentes favorece a criação de alternativas para vias públicas, ou re-projetar áreas ocupadas próximas de aeroportos, até mesmo refazer rotas de aviões.
Fonte: Estudo de impacto de ruído em comunidade - Biguaçu-SC (2013). Eng. Leandro Barbosa.
A cidade pioneira no Brasil a realizar o mapa de ruído (carta acústica) é Fortaleza-CE. Isto foi possível, devido ao esforço de políticas públicas do município, visto que muitas reclamações da população em lugares críticos, tais como clubes recreativos e igrejas. Mais informações tem caráter público no site cartaacusticadefortaleza.
Fonte: http://poluicaosonoraemfortaleza.blogspot.com.br/2015_02_22_archive.html
A câmara de vereadores da cidade de São Paulo-SP, através de uma Lei Municipal 16499, aprovou em 2016 (prazo de 7 anos) o mapeamento acústico urbano da cidade. Amaparado da PROACUSTICA (Associação Brasileira de Qualidade Acústica), a lei foi sancionada e visa subsidiar o município quanto as reclamações da população, devido ao ruído. Atualmente, a Ouvidoria Geral do município não possui ferramentas para o controle e solução (legislação e fiscalização) para o problema de ruído. Resta a esperança em uma mudança de paradigma, a fim de pensar em um novo modelo adminstrativo de políticas públicas. Haja vista que o ruído, já pode ser considerado um mal do século XXI.
Fonte: http://www.proacustica.org.br/index.php?id=83
Por Eng. Leandro Rodrigues Barbosa, Dr. em Acústica e Vibrações. 10/02/2018.